SINOPSE: O livro do Pr. Zwinglio Rodrigues é muito oportuno e
necessário para a teologia brasileira. Embora a maioria dos evangélicos
tupiniquins concorde com a soteriologia arminiana, a história e as asserções do
teólogo holandês Jacó Armínio permanecem sendo injustamente ignoradas e
grosseiramente mal interpretadas por muitos. Uma das razões para isto é a
pequena oferta de literatura especializada no assunto em português. O livro
deste pastor baiano vem oferecer uma importante contribuição para que este
quadro seja mudado, enfeixando-se a outras obras que dispõem sobre esta matéria.
O
autor fornece aos leitores brasileiros uma excelente introdução ao arminianismo
clássico, fruto de uma pesquisa bibliográfica ampla e acurada, que inicia
defendendo o arminianismo de uma das principais acusações injustas que este
recebe, quando o distingue do Pelagianismo e Semipelagianismo (ou
Semiagostianismo) e mostra que Armínio, diferentemente dos proponentes destes
sistemas, defendia uma antropologia pessimista e cria na absoluta necessidade
da graça divina.
Na
segunda parte do livro, Zwinglio traz um resgate histórico da vida de Armínio,
“destacando sua infância marcada por tragédias, seu labor acadêmico, seu
testemunho cristão, sua credibilidade diante de poderosos e pessoas simples, o
fato dele ter sido um grande e piedoso pastor, suas refregas com proponentes do
calvinismo rígido, sua oposição ao infralapsarianismo, sua estima elevada para
com as Escrituras e o respeito profundo de amigos dedicados”.
O
autor também defende Armínio das denúncias de envolvimento com o Catolicismo
Romano e o Socinianismo e ainda mostra os desdobramentos teológicos após a
morte do teólogo holandês, com o Remonstrance (documento que defende os
principais pontos do arminianismo) e o Sínodo de Dort, assembleia eclesiástica
onde estes pontos foram rejeitados e que, apesar de ser apresentado como
documento oficial de condenação do Arminianismo, devido à parcialidade, não
teve força para deter a disseminação daquelas assertivas.
Na
terceira parte do livro, Zwinglio Rodrigues esmiúça os cinco artigos
remonstrantes, que defendem a Eleição Condicional, a Expiação Ilimitada, a
Depravação Total e a Graça Resistível, além de apresentar o entendimento dos
remonstrantes quanto à Perseverança dos Santos, uma perseverança condicionada
pela manutenção da fé. O autor apresenta uma sustentação bíblica e teológica
vasta e contundente para cada um destes artigos.
O
pastor baiano conclui sua obra apresentando dois conceitos muito importantes: a
graça preveniente, ponto central do arminianismo, e o livre arbítrio, que na
visão arminiana clássica é libertário, possibilitado pela graça divina.
Zwinglio arremata sua obra mostrando que o arminianismo clássico é uma teologia
válida e sólida, biblicamente fundamentada e com fortes raízes históricas.
Uns
afirmam que não são arminianos, no entanto seguem o pensamento do teólogo
holandês. As igrejas pentecostais, em sua maioria, seguem a soteriologia
arminiana, mas não conhecem as asserções desta teologia nem a história do seu
proponente. De fato, tanto os que discordam de seu pensamento quanto aqueles
que seguem as suas proposições necessitam conhecer melhor a verdadeira teologia
arminiana, e para isto este livro é uma grande introdução.
Assim,
o trabalho do Pastor Zwinglio Rodrigues é de grande valor, tanto para os
arminianos como para os contrários.
Detalhes:
Título: UMA INTRODUÇÃO AO ARMINIANISMO
CLÁSSICO
Autor: Pr. Zwinglio Rodrigues
Páginas: 250
Lançamento: Editora Reflexão
Autor: Pr. Zwinglio Rodrigues
Páginas: 250
Lançamento: Editora Reflexão
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